Lucas Ordóñez anuncia despedida do Benfica: fim de ciclo com as águias

 


A história de Lucas Ordóñez no Benfica está prestes a chegar ao fim. O hoquista argentino, que representa o clube da Luz desde a temporada 2018/19, vai encerrar a sua ligação à equipa ao final desta época, conforme confirmado pela imprensa nacional. Com oito temporadas de dedicação, conquistas e momentos memoráveis, a saída do jogador de 37 anos marca o fim de um capítulo importante na trajetória das águias no hóquei em patins.


Decisão esperada e contexto da saída


Apesar de ainda faltar quase uma metade da temporada, a decisão de não renovar com Lucas Ordóñez já é oficial. Segundo o jornal A Bola, o argentino é o próximo atleta que o Benfica procura “despachar”, alinhando-se com a estratégia do clube de promover a renovação do plantel. A direção encarnada tem uma política clara: reduzir a presença de jogadores mais experientes para abrir espaço às jovens promessas, num processo liderado por Edu Castro, treinador que tem enfatizado a integração de talentos emergentes.


A saída de Ordóñez acompanha o modelo seguido com Carlos Nicolía, outro avançado que deixou o clube na temporada anterior. Com essa política, o Benfica conseguiu elevar jogadores como Viti, de apenas 19 anos, à titularidade, garantindo a transição geracional e preparando o clube para os próximos desafios nacionais e internacionais.


Legado de Lucas Ordóñez no Benfica


Ao longo de oito temporadas, Lucas Ordóñez construiu uma carreira de sucesso com a camisola vermelha e branca. Proveniente do Barcelona, o argentino rapidamente se tornou uma peça central no ataque encarnado, contribuindo decisivamente para conquistas importantes. Entre os troféus erguidos com o Benfica estão:

1 Campeonato Nacional, consolidando a supremacia do clube na Liga Portuguesa de Hóquei;

1 Taça de Portugal, reforçando a tradição vencedora da equipa;

2 Supertaças, competições que evidenciam a consistência e competitividade do grupo;

3 Elite Cup, troféus que simbolizam domínio em torneios de pré-temporada e prestígio internacional.


Na presente temporada, Lucas tem mantido uma performance respeitável, participando em nove jogos e assinando cinco golos. Estes números, embora modestos perante os grandes momentos da sua carreira, refletem a experiência e a capacidade de finalização que sempre o caracterizaram.


Impacto da saída para o plantel


A partida de Lucas Ordóñez levanta questões sobre o futuro imediato do ataque do Benfica. Com a integração de jovens como Viti, o clube aposta numa estratégia de rejuvenescimento, mas arrisca perder a experiência e o faro de golo de um jogador que conhecia profundamente a dinâmica da equipa e os momentos decisivos das competições.


Esta mudança não é apenas uma questão de idade ou renovação: trata-se de alterar a cultura do ataque, equilibrando talento emergente com liderança veterana. A saída de Ordóñez representa uma oportunidade para os jovens desenvolverem-se, mas também deixa um vazio que exigirá atenção da direção e de Edu Castro para manter o nível competitivo do plantel.


Estratégia de renovação do Benfica


A decisão de não renovar com Lucas Ordóñez é parte de um plano estratégico de médio e longo prazo. O Benfica pretende criar um núcleo de jogadores mais jovens, capazes de evoluir dentro da filosofia do clube e assegurar a continuidade do sucesso. Este processo envolve avaliar desempenho, potencial e idade, garantindo que a equipa não se torna refém de nomes históricos, mas sim de um projeto sustentado.


Ao mesmo tempo, a saída de veteranos como Ordóñez e Nicolía permite libertar espaço orçamental e tático, possibilitando investimentos em novas contratações ou na formação interna. É uma abordagem que reflete um entendimento claro de que a modernização do hóquei em patins exige visão estratégica, mesmo que isso signifique despedir-se de figuras emblemáticas.


Perspectivas para Lucas Ordóñez


Com 37 anos prestes a completar 38 em abril, Lucas Ordóñez enfrenta agora a decisão de definir os próximos passos da carreira. A sua experiência internacional, combinada com o historial de sucesso em clubes de topo, torna-o um ativo valioso para equipas nacionais ou internacionais.


Alguns cenários possíveis incluem:

1. Continuação da carreira no estrangeiro, em campeonatos com menor intensidade competitiva, mas que valorizem a sua experiência;

2. Aposentadoria e transição para funções técnicas ou de treinador, aproveitando o conhecimento acumulado ao longo de quase duas décadas de hóquei profissional;

3. Projetos fora do hóquei, caso decida encerrar a carreira desportiva de forma definitiva.


Independentemente da escolha, a saída do argentino será sentida pelo Benfica, não apenas em termos desportivos, mas também na história e memória do clube.


Reação dos adeptos


A notícia da despedida de Lucas Ordóñez não passa despercebida entre os adeptos encarnados. Muitos expressam gratidão pelos anos de dedicação, pelos golos decisivos e pelas conquistas alcançadas, enquanto outros questionam se a aposta em jovens jogadores conseguirá manter o mesmo nível de eficácia ofensiva.


O debate é inevitável: substituir veteranos experientes por promessas pode ser uma estratégia vencedora no longo prazo, mas exige paciência, confiança e acompanhamento rigoroso. O Benfica, como clube de tradição vencedora, terá de gerir esta transição com cuidado para não comprometer os objetivos imediatos.


Conclusão: fim de ciclo, início de renovação


A saída de Lucas Ordóñez simboliza mais do que a despedida de um jogador: marca o fim de um ciclo e o início de uma nova era no Benfica. A equipa da Luz aposta em talentos jovens, mantendo a ambição e a competitividade, mas arriscando perder experiência e liderança no processo.


Para Lucas, resta o legado construído em oito temporadas, as memórias de golos, títulos e momentos decisivos, e a certeza de que o seu nome ficará gravado na história do clube. Para o Benfica, a responsabilidade é grande: equilibrar juventude e experiência será determinante para garantir que as águias continuam a voar alto no hóquei português e europeu.

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